Satélite


Nessa solidão insípida

Em que me encontro vívida

Fito na escuridão estrelas pálidas

Que voltam opacas

Em minhas retinas refletidas.


São diamantes sem brilho

Estáticos, perdidos

Num mar negro desconhecido

De ofuscamento jamais visto

De betume composto embebido.


Astros solitários em derrocada

Aos milhares, sem raios, distantes

Quedam-se sobre minha pele enluarada

Satélite sem par, una, errante.

0 sorveram o néctar: