"o poeta é um fingidor..."
meu amor de trópicos
aos pólos te levou
no meio ficou
a linha do Equador...
_ Alguém tem um picador de gelo?
Cansei do Bilac!
Prefiro ser poeta num traço.
Procuro um verso e tropeço n’outro!
Tento seguir a linha, mas ando trôpego!
E descalço!
O trem
Vem vindo vem
Nessa férrea linha ad finem
Sem ninguém, sem ninguém
Repetindo seu réquiem
Para um bem
Que já não tem, que já não tem...
Desenhaste uma linha imaginária
Uma horizontal a qual não correspondi
Não havia sorte ali delineada,
Em traços tortuosos eu a verti.
À medida que o risco esboçavas
Perdia-me no horizonte desses nós
Alinhavados na garganta travada
Como paralelas alinhadas, sós.