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Levity

 
I've never seen
such a delicacy
on the bonsai
lies a butterfly

"Butterfly", Andy Warhol, 1983.


*publicado também em http://myenglish-poems.blogspot.com

fear


I'm facing my fear
I don't wanna frame a lie
I'm the one who cries
after dries the tears

I'm facing my fear
I'm leaving behind
entirely the tries
I suffered to clear

facing my fear
like a butterfly
which is still lying
in a caterpillar



"The Concert", Chagall, 1957.

Borboletasso


bor

bo

le

tas

por

dos

os

to

la

dos

com


su

as

fa

tas

ce


fa

zem

do


ven

to


um


Pi

so

cas




"As senhoritas de Avinhão", Picasso, 1907.

A mariposa e a lamparina


mariposa, mariposa

que rodopiava a lamparina

tal qual bailarina

para onde fora?


mariposa, mariposa

trocaste a sapatilha pelo salto

agora faz sapateado

no meu coração, livre e solta?


mariposa, mariposa

será que danças tango

voando alto com algum pirilampo

em outros ares, outras folhas?


mariposa, mariposa

deixaste-me com um fado

sorumbático, de lado

já não ilumino a sala toda.





"Three medlars with a butterfly", Adrian Coorte, 1705.

Esfinge de Morgan

Assim, meio devagar, meio compelida por outrem pousei em um blog. Precisava de um sítio para completar essa etapa de minha vida. Crisalidamente envolvida em um universo bem delimitado, só meu, espero desabrochar mais tarde... Momento de folhas. As flores virão na estação seguinte. Sempre repugnei os insetos, por suas fases larvais, seus aspectos bizarros ou por qualquer outra razão recôndita. No entanto esse muito me interessa. Pra mim representa mais que um inseto. É um “pano de fundo”. Um hobby. É um retrato. Um estilo. Quem sabe, uma filosofia? Um vai e vêm constantes de altos e sobressaltos se oscilam nesse ciclo interminável de fugacidade emocional. Minha alma sai a borboletear por aí... Esse lugar ainda não é o meu! Diz-se que há instantes em que voam borboletas em nosso estômago... O meu está cheio delas! Algumas aprisionadas, é claro! Como um casulo que protege, mas sufoca. Precisam voar errantes e errar por si mesmas; precisam voar e pousar às vezes pois as asas se estafam de bater. O repouso também é necessário, mas dobro as asas para cima para preservá-las ao próximo vôo. Sabe, não é fácil metamorfosear a vida ou será que a vida é quem nos transforma? Não é fácil escolher entre polinizar e migrar, por isso busco ambos. Almejo diversos tipos de vôos. Não quero os já padronizados, já formatados. Quero as diversas tonalidades, os diferentes cheiros, as flores desiguais. Qual será mesmo a próxima rota? Psiu... Bem baixinho agora. Devo voltar, buscar alimentos, hibernar as pupas... Fecho-me para transmutar-me em seguida...