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Fingere II


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"Autumn in the village", Chagall, ?


* sonho


Esta noite tive um sonho, um sonho maldito

Intenso, que não terminava

Mas não eras tu quem eu acariciava

Pois não eras tu aquele ser onírico.


Um sonho mentiroso e bonito

Em que me acalentavas

Mas não eras tu quem me abraçavas

Pois não eras tu naquele sorriso.


Acordei desse sonho magoado e sofrido

Para mim não adicionava nada

Mas não eras tu quem aqui estavas

Pois me despertava um desconhecido.




"Os Amantes", Magritte, 1928

* republicação

Fingere


aberta a mente

a mente mente

abertamente



"Squares with concentric rings", Kandisnky, 1913.

Pintura




pinta-se uma paisagem
em minhas retinas

talvez uma miragem
pincelada por fadiga

precisando-se vertigem
factual e fluida

com tintas de fuligem
simulando mente em fuga




"Mulher lendo sobre fundo negro", Matisse, 1939.

Sertão do(a) Rosa


De tanto fazê c’um demo pacto

De redemunho em redemunho

Desrodeando a pôrtera do mundo

Um’ora quis dizfazê o trato.


Se o sinhô num acredita

Que vivê é perigoso no sertão da gente

É porque num tem alma, antesmente

Nem sente presença de neblina.


Quando ela se achega que nem garoa fina

Num tem capiroto que güente

Nem névoa que essa desmistura assente

Me alembro. Tinha medo. Carecia.


Todo mundo tem parte c’um capeta

Não pense o sinhô que é mentira

Porque opiniães, dizem só. Que-diga?

Há-de comprar briga nas vereda.


Fim de rumo nessa peleja

É correr o Rio pela Cabeceira

Mas o sinhô, seu moço, mire veja:

Arre! Do sertão essa doidêra ...