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"Autumn in the village", Chagall, ?
"o poeta é um fingidor..."
Esta noite tive um sonho, um sonho maldito
Intenso, que não terminava
Mas não eras tu quem eu acariciava
Pois não eras tu aquele ser onírico.
Um sonho mentiroso e bonito
Em que me acalentavas
Mas não eras tu quem me abraçavas
Pois não eras tu naquele sorriso.
Acordei desse sonho magoado e sofrido
Para mim não adicionava nada
Mas não eras tu quem aqui estavas
Pois me despertava um desconhecido.
De tanto fazê c’um demo pacto
De redemunho em redemunho
Desrodeando a pôrtera do mundo
Um’ora quis dizfazê o trato.
Se o sinhô num acredita
Que vivê é perigoso no sertão da gente
É porque num tem alma, antesmente
Nem sente presença de neblina.
Quando ela se achega que nem garoa fina
Num tem capiroto que güente
Nem névoa que essa desmistura assente
Me alembro. Tinha medo. Carecia.
Todo mundo tem parte c’um capeta
Não pense o sinhô que é mentira
Porque opiniães, dizem só. Que-diga?
Há-de comprar briga nas vereda.
Fim de rumo nessa peleja
É correr o Rio pela Cabeceira
Mas o sinhô, seu moço, mire veja:
Arre! Do sertão essa doidêra ...