uma lágrima, uma página


uma pálpebra

que pisca

no ínfimo instante

da queda

a lágrima


uma página

que risca

no infinito errante

da grafia

a lástima




"A lady writing a letter", Vermeer, 1666.


22 sorveram o néctar:

Unknown disse...

Ariane,sempre achei os quadros de Vermeer totalmente literários,no sentido que todos contam uma história que cabe a nós criar.parabéns pelo poema.Abraço.

A garota do copo d'gua disse...

os minimos obvios da vida...

chica disse...

Maravilha! Um beijo,chica

Eduardo Trindade disse...

Sabe que eu adoro as imagens que crias, as relações que descobres...?
Gostei disso, desse paralelismo sutil entre a página que vira e a pálpebra que pisca...
Abraços!

Noslen ed azuos disse...

Um olho que lê no mesmo instante da queda e instar da poesia.

Bjs
ns

Ana. disse...

E talvez as mesmas lágrimas possam borrar e belo deixar o que há no papel.
Há tempos não passava por esse canto tão bonito!
Abraços!

J.F. de Souza disse...

De leve, me lembrou o "Antes e depois de agora", que eu escrevi recentemente.
Mas só de leve...

=)


=*

Adoro vc, linda! ;-)

ZÉ URBANO disse...

Oi, muito prazer.Muito lindo seu blog.abç do gaúcho.

DESPERDÍCIO

Quando eu fui jovem
era muito cedo.
Quando chegou a hora
me deu um medo.
Depois parou o tempo,
e eu morri vazio.

J.F. de Souza disse...

Eu tbm preferia sem ela... Mas, no que ela veio, decidi colocá-la. A quebra foi incidental, mas providencial.
Porém... Temo que eu tenha feito o poema perder qualidade com a dita...

Ariane Rodrigues disse...

Olá James, concordo contigo. Obrigada. Abraço!

Ariane Rodrigues disse...

Obrigado, Garota e Chica pela presença tão assídua aqui no blog.

Ariane Rodrigues disse...

Oi Eduardo! Que bom que gostas. Meus poemas são bastante pictóricos mesmo. Tens uma opinião sempre consistente a cerca deles. Obrigada!

Ariane Rodrigues disse...

Sim Noslen, também ocorre com quem lê, acredito. Bjos.

Ariane Rodrigues disse...

Olá Ana! Fico feliz que tenha voltado! Não se perca mais por aí...Abraços menina!

Ariane Rodrigues disse...

Vou checar o poema JF! As relações dependem da nossa capacidade de associação, não é?

Ariane Rodrigues disse...

Olá Zé Urbano, seja bem vindo! Obrigada por polinizar mais poesia aqui. Este é um espaço em que a poesia deve ser multiplicada. Muito lindo o teu poema, um tom melancólico, como gosto. Abraço!

Ariane Rodrigues disse...

Haha JF, não sei se perdeu a qualidade, mas revela bem a tua subjetividade. Rsrs.

Thaís Butterfly εїз disse...

Belo texto!


Obs: entrei no teu blog só pelo nome, já que o meu tem a ver com borboletas, sempre acredtei que as mariposas e as bosboletas eram da mesma família,primas talvez rs-*

Abraço.

Ariane Rodrigues disse...

Olá Thaís! Seja bem vinda ao blog! Pelo visto, aqui também é o teu cantinho. Abraços!

Dentro da Bota disse...

Realmente estamos tristes pelas vitimas... Felizmente Roma nao sofreu danos, so o susto....


Gi, Roma...

Vanessa Anacleto disse...

Este é um comentário convite para mais um evento sobre literatura em 18 de abril no Fio de Ariadne.
Visite o Fio amanhã, 08 de abril e, caso se identifique com a ideia, coloque seu nome na lista e concorra a um livro da Jorge Zahar Editor.

Abraço

Ariane Rodrigues disse...

É verdade Gi! Tomara que tudo se ajeite logo e que não apareçam mais vítimas.