
O dia numa caixa.
Enquadrada num quadrilátero.
Enformada num retângulo.
Checando o tempo a cada um quarto.
Às vezes, mirava pelo quadrado.
E via outros seres quadrados.
Via que nesse polígono de quatro
Eu estava fora de enquadre.
Isso me deprimia.
E em cada ângulo me via
Num quadro emoldurado,
Num tabuleiro quadriculado.
E nele rolava um dado
Que mostrava sempre o mesmo lado:
1, num quarto.