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Talvez quando se despirem os homens do saber
E as balas não saírem dos revólveres
Eu possa crescer.
Talvez quando cessem as barbáries dos que agonizam
No cárcere de si mesmos,
Talvez quando a simplicidade ocupe os vãos
E o sonho ambicionado não seja tolo
Quiçá eu sinta o aroma da maturidade
E abandone as amarras desta tenra idade.
Embora esgotada por veemência
Em carregar o fardo de Sísifo
Talvez eu não ame, não odeie, nem vá ao circo,
Talvez eu seja só gravura de adolescência.
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2 sorveram o néctar:
Como uma personagem diz numa de minhas HQs: "a incerteza é o princípio que rege nossas existências". Estamos sempre a-caminho, inacabados. Somos, como você ilustra tão bem, Ariane, um "Talvez" em buca contínua por definição.
Interessante a existência da dúvida que sempre, como um ser fantasmagórico ronda o nosso ser; talvez um dia saibamos todas as respostas que o talvez nos traz...
pena é que, a certeza sempre será tarde demais...
Amei este talvez... prenúncio ou pósnuncio de tantos outros !
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