O dia em que eu nascia
Não era somente o dia
Em que eu nascia.
Era o dia em que o mundo eu conhecia
Num eu-separado me descobria.
Era o dia em que eu nascia.
Apenas um dia.
O dia em que traçava uma linha
Que um dia seguiria,
Uma estória escreveria
Sobre um dia
Que ainda viria.
O dia dos meus dias
Em que renasceria
E eu de novo seria
Todos os dias
Aquele dia
De minha vida.
4 sorveram o néctar:
linda poesia, muito bonito e bem apresentado seu blog, gostei muito! parabéns Ariane!
Obrigado Kenia! Espero que volte! Minha poesia está aí para ser partilhada! Abraço!
O nascer, este ato inaugural, nos atira então à nossa condição verdadeira e derradeira, que é sermos e estarmos sós, não é?
Ou talvez isto seja apenas a conversa fiada de alguém que ontem completou mais um ano de vida e anda cada vez mais existencialista.
Wellington, o nascer como tu mesmo o disseste é um ato inaugural que deve ser vivido como um recomeçar a cada amanhecer; a vida não pode torna-se um ritual sem cerimônia...E estar só é sim nossa condição, mas também é uma escolha. Não nascemos sozinhos, certamente. Mas, podemos morrer sozinhos. Tu podes encarar assim: mais um dia ou menos um dia... Se o que temos de fato é o dia, então vivamos o dia!
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