eu
serei
sempre tua
e quando tua
serei sempre
eu
"Girl before a mirror", Picasso, 1932.
"o poeta é um fingidor..."
Minha poesia é assim
Colada à derme imbricada
Não sai sem um pedaço de mim
Em tudo me invade
Anuncia-me nas praças
Denuncia-me a identidade
Quando se evade, refresca e arde
Publica-me singela e clara
Parte e a mim parte
Aos quatro cantos me alarde
Espalha-me as entranhas, propaga
Delata-me a subjetividade
Não cansa de dar-me
Resvala-me a alma
Difundindo verdades.