Números


Sem palavra, nem cara

Na ausência do nome

Algo se mascara


Algo se massacra

Na esfera da carne

A recôndita alma


Limitada em placas

Impressão aparente

Em senhas registradas


Que não se expande

Identifica ou dignifica

É ínfima, exangue


É algarismo potencializado

É amorfa e reparte

É o contrário


É o ser massificado

Quantia disfarçada

Em cifra transformado


Há fome onde não há vocábulo

Anestesiados atos

Que provocam infartos


Na ausência do nome,

A miséria do homem...


"Woman holding a balance", Vermeer, 1665.

8 sorveram o néctar:

psicobolche disse...

Quien pudiera contemplar su propia vida, como la de los demas para tomar decisiones acertadas, pero quien no toma decisiones incorrectas quiza talvez nunca madurara su vida para sobrellevar los años.

Fred Matos disse...

Belo poema, Ariane.
Beijos

Ariane Rodrigues disse...

Correcto psicobolche! Asì vamos adelante! Beso!

Ariane Rodrigues disse...

Fred, obrigada! Vindo de ti, fico lisonjeada... Abraço!

Jorge, FLÁVIA disse...

palavras fortemente colocadas em seus devidos lugares nessa mensagem...
muito bom...
um dia vou escrever assim ainda, viu... rs

sempre bom passar por aqui

bjão

Jan Góes disse...

e sigo mariposando em poemas assim...
tão "perfeitos" bons
parabens pelo blog é todo lindo

Ariane Rodrigues disse...

Olá Flávia! Sempre é bom te ter por aqui. Muitas flores para atrair uma borboleta querida... Abraço!

Ariane Rodrigues disse...

Obrigada Kêdy! Então pouse mais vezes! Até mais!