Meu corpo é branco.
Meu coração é vermelho.
Se como um espelho
O pálido reflete o corado
Este está contido naquele
E do mesmo faz parte
No jardim cândido
Há uma rosa escarlate.
E sendo, portanto o alvo
Em rubro misturado
Retifico de modo mais claro
O que então se tornou encarnado:
Vermelho é meu corpo.
Branco é meu coração.
Óleo de Camille Pissarro.
4 sorveram o néctar:
Sorte dos que conseguem curar seus corações, e verificar tal cura no rosado em seus rostos tranquilhos ante um espelho.
Tarefá árdua, mas possível...
Para cada ferida vermelha
Uma branca cicatriz...
Obrigada Marcelo!
Ah,... e quem disse que sua poesia não é engajada? A maior luta humana não é trava de cada um de nós? Contra nós mesmos? Não é a busca do amor que nos move em quase todos os momentos? Então sua poesia está, sim, engajadíssima - e armada de belas palavras - na busca do que nós é mais importante.
Grande abraço, Poetisa!
Sim, tem razão André! E como é difícil essa batalha travada no âmago de nós mesmos...
Seja bem vindo! Espero que volte!
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