amo-te com minhas estranhas entranhas
e com as vísceras não vistas
amo-te com meus fluidos sem uso
e com a saliva esquiva
amo-te com minhas veias e artérias
alheia e etérea
amo-te com minhas amígdalas
protegida escondida
e amo-te como quem dorme
e amo-te como quem foge
"Tulips field in Holland", Monet, 1886.
5 sorveram o néctar:
Um amor escondido no fundo do ser, um amor que só se revela na poesia. Amei o poema, um abraço!
Uma declaração de amor subjetiva, porém completa. Para se falar de amor, qualquer maneira é válida.
Bjux
Amor viceral.Só se ama com as víceras e entranhas, pois é o que existe de mais intenso,latente e primitivo, só extraído pela poesia.Parabéns.Continues a polinizar.
Gosto de poemas viscerais assim :)
Parabéns!
Nossa, quanta intensidade! Amor que confunde-se com a pessoa amada em fluidos sem uso e no que temos de mais íntimo. Interessante, aliás, esta proteção-esconderijo: amar-fugir-dormir, o que há de subjetivo, por trás de tudo o que é fisiologicamente palpável.
Abraços!
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