Guarda-Chuva


não guarde a chuva

não se abrigue da dor


o que seria das ruas

sem o seu límpido frescor?


o que seria do riso

sem da lágrima o pendor?




"Férias de Hegel", Magritte, 1958.

12 sorveram o néctar:

Unknown disse...

Como sempre,perfeito.Ariane,a pro´psito,vc já publicou?se não,pense nisso.Abração.

Cadinho RoCo disse...

Nem o guardachuva guarda a chuva.
Cadinho RoCo

Unknown disse...

Guarda a chuva que a chuva te molha.
Guada-chuva que a chuva molha.


:)
beijinhos querida

Wesley Viana disse...

Deixe-se molhar pelas lágrimas, elas são quentes.

Ariane Rodrigues disse...

Obrigada meninos! Abraços!

Christi... disse...

Olá Ariane
Eu gostei muito do post, eu falei alguma coisa parecida com isso, temo que saber que existem momentos de vale, mas que vale é lugar só de passagem, mas dele que se extraem néctar de vidas, aprendizados e vivências primordiais pra valorizarmos os momentos de montanhas.

Bjs querida

Chris

Noslen ed azuos disse...

...guardarei a chuva e o pendor para as ruas e risos.

bjs
ns

Eduardo Trindade disse...

Hummm, gostei! (Redundante, isso: afinal, eu normalmente gosto bastante dos teus escritos!)

E digo mais: não se guarde da chuva, não abrigue a dor. Sei que corro o risco de subverter um pouco o poema, mas encaro as tuas palavras como a chuva: de frente!

Abraços!

Ariane Rodrigues disse...

Ahh, mtos abraços a Christi, Noslen e Eduardo! Obrigado a todos pelas leituras e pelas leituras...

glgsoares@gmail.com disse...

Esse aqui me lembrou Caeiro:

"Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha"

E gostei da combinação inusitada, porém, oportuna com a imagem do Magritte.
Abraços

Ariane Rodrigues disse...

Obrigada Geraldo. A combinação com o Magritte sempre parece inusitada...Abraço!

Beatriz disse...

Belas imagens poéticas casadas com o tremendão Magritte. Grande Ariane. Sabe tudo