tentei extrair poesia da pedra
briguei, gritei, protestei
entretanto
me entreguei, tropecei,
protelando como sempre
a pedra que não triturei
"Girl with a pearl earring", Vermeer, 1665.
"o poeta é um fingidor..."
tentei extrair poesia da pedra
briguei, gritei, protestei
entretanto
me entreguei, tropecei,
protelando como sempre
a pedra que não triturei
21 sorveram o néctar:
Já vi que essa pedra é dura de roer amiga ;)
que tal, em vez de gritares com ela...falar mansinho a ver se ela te dá alguma poesia? rsrsrsr
beijinhos e bom fim de semana
Xana, se gritei foi porque falar manso não adiantou! Bjo querida!
Bom fim de semana!
Me passaram um desafio , e agora passo para ti,vai lá e espero que aceites ;)
Me lembrou Drummond e a sua pedra no caminho. :) Como você está? Anda sumida do Folhas. Sempre a convidada.
Abraço,
R.Vinicius
Pintura belíssima,lembrei do filme.Existe poesia por toda parte, algumas vezes talvez adormecida, timida, ou quem sabe não percebida.
Pois é, pedra é pedra...
Olha, passei para dizer que tens um prémio no meu blog.
sim as pedras
nunca respondem mas são boas ouvintes... rsrsrs
abraço!
... as vezes não dá para lutar contra a dureza de certas coisas. O importante é não nos tornarmos pedra.
Vinícius, quem não se lembra? A "pedra" nunca mais foi a mesma para nós leitores depois desse poema do Drummond. Abraço!
Olá Robério, pode ser. No quadro, com certeza. Na vida, já não sei. Abraço!
Paula, te agradeço por mais um prêmio. Bjo, querida!
D M Machado, então temos muito que aprender com elas. Até mais!
Sim, Geraldo, "há que endurecer-se, mas sem perder a ternura".
Esse texto dá pra se trazer pra nossa realidade ,geralmente muitas coisas em nossas vidas acabam se tornando duras e teimosas,o que não vale é se desesperar e perder o controle daquilo, e geralemente fazemos sempre o contrário rs,queremos sempre que as coisas sejam do nosso jeito e na hora que a gente quer.
Poxa valeu pela visita no meu blog também,obrigada,eu adorei o seu,vou acompanhar sempre que eu puder.
Daya
Valeu Daya! Então continuemos os diálogos poéticos e reflexivos. Bjo, querida!
quando pequeno queria ser bombeiro.
o tempo passou e me veio a vontade de agricultor.
agora, queria ser apenas cursor que crava na pedra poemas doces, como os teus.
Minhas considerações amáveis,
Raskolnikóv, como Buonarroti a despertar na pedra rígida um poético e suave Davi? Acho que transformaste minha pedra numa pérola...
quisera eu, um humilde escrivinhador de palavras tortas, outras mortas, no sulco raso no papel amarelado, conseguir tocar a pérola rara que guarda o brilho dos dias e o raio das tormentas. sou apenas um sonhador, daquela espécie que inspira vida em poesias lidas, e sonha com o dia em que sorrirá o amanhecer refletido na pérola brilhante envolta na pétala da flor.
p.s.: as cordas do meu vilão são feitas de fios algodão-doce.
Pedra era especialidade do João Cabral de Mello Neto, acho que ele tinha uma britadeira.
Raskólnikov, se és sonhador então és como o ourives. Continuo afirmando que lapidastes bem a minha pedra.
Abraços fortes como ela!
Sim, Wesley! Pensei na britadeira também... Se leres os meus versos em voz alta perceberás que a repetição das oclusivas "p","t" e "d" unidas à vibrante "r" simulam o som de uma britadeira ou de algo sendo triturado; ou seja, a escolha desses fonemas está imbricadamente ligada ao significado que o som poderia emitir. Pelo menos, essa foi a intenção...Um beijo!
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