Nas horas que caminham ao seguinte instante
A cada minuto que apática, mas pensante
A sede de tocar múltiplas vidas se faz notória
Fere a eterna limitação deste ser.
Extrema ânsia dos que se vêem no cárcere de si mesmos.
Exagerada inveja dos que se têm em confronto.
É preciso estar ambíguo.
Repugnar os puristas e ser puritano,
Conhecer o inocente e amar o profano,
Seguidor do nômade e amigo do estável,
Sequaz dos mais distintos destinos.
Permito sangrar a cândida poesia
E os sôfregos instintos de minh’alma.
Permito-me publicar toda minha inconsistência
E desejo compor todo o homem.
Sorvo minhas personagens,
Anseio as diferentes mentes:
A pacífica, a bélica.
Sofro com as impotências à margem do infinito
E sonho com o paradoxo de minhas vontades.
A conformação não é para mim.
Nem a consumação.
Estou eu, sou todos.
Estou teatro, sou artista.
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