Vazio (à Ericka, sementinha minha)


Algo indefinível

Preenche-me invisível

Ata-me e consome

Deixa-me insone


Lacunas e espaços

Um vazio (com)passo

Que se move e se expande

Dentro de mim errante


Ele nunca preencho

Pois quando preencho me reinvento

Já não sou mais aquele de antes

Sou um vácuo constante


Enchendo meu poço

Transbordo triste e louco

E na abundância entornada

Novamente com a alma esvaziada

3 sorveram o néctar:

Ariane Rodrigues disse...

Depois de entornada a poesia, corrigida e editada.

Ericka Camila disse...

Lindo! Traduziu-me.

nina disse...

Bonito poema que preenche o vazio